
DIA DOS NAMORADOS: Casal de Limeira se reencontra após 32 anos separados 11632m
No calendário, o dia 12 de junho é dedicado aos casais apaixonados. Um momento de trocas de presentes, jantares românticos e declarações de amor. Mas em Limeira, o Dia dos Namorados de 2025 carrega também a força de uma história que desafia o tempo e emociona gerações: o reencontro de Gilberto e Carmem Cândido, um casal separado na adolescência e unido novamente mais de três décadas depois, agora inseparável. 6r19f
A história começa em 1982, em pleno outono limeirense. Gilberto tinha 16 anos quando viu Carmem, então com 14, pela primeira vez. “Tão notável era ela e o seu sorriso em minha direção que aquele foi um momento inesquecível, icônico”, lembra ele. Poucas semanas bastaram para que o primeiro beijo acontecesse — para Carmem, era o primeiro da vida; para Gilberto, ela se tornaria sua primeira namorada.
O namoro, porém, precisou acontecer às escondidas. Os encontros eram discretos e, na presença dos pais dela, os dois fingiam ser apenas amigos. Mas o flerte juvenil não ou despercebido. O pai de Carmem não aprovava a aproximação e se opôs à relação. “A intensidade do nosso amor adolescente talvez alertasse a natural preocupação dos pais da Carmem”, conta Gilberto. As restrições cresceram, as dificuldades também. E como acontece com tantas histórias interrompidas pela juventude, os dois acabaram se afastando.
Veio o tempo. A vida levou Gilberto para outro Estado. Casou-se, teve filhos. Carmem também seguiu seu caminho, casou-se e foi mãe. Ambos viveram histórias distintas e, por mais de 30 anos, não souberam mais nada um do outro. Nenhum contato, nenhuma mensagem. Apenas lembranças juvenis guardadas em algum canto da memória — ou do coração.
Mas como todo bom romance, o destino gosta de surpreender. Em 2015, já adultos e com seus respectivos casamentos encerrados, Gilberto e Carmem estavam novamente morando em Limeira. E o reencontro aconteceu. “Por coincidência, ou obra dos anjos, sei lá”, diz Carmem. O sentimento adormecido despertou com força. E como se não houvesse ado nem um dia desde aquele beijo adolescente, o casal decidiu ficar junto, agora sem obstáculos, sem esconderijos, sem medo.
“Desde então, consideramos que o nosso reencontro não foi apenas um recomeço ou um mero acaso. Foi a continuidade de uma paixão que ficou reservada, num cantinho sagrado, aguardando o momento certo para seguirmos nossa vida lado a lado”, explica Carmem.
O reencontro se tornou tão marcante que inspirou Gilberto a escrever um livro: “O Reencontro – Trinta e dois anos depois”, onde narra com carinho a trajetória do casal. A obra está disponível online, e simboliza, para muitos leitores, que o amor verdadeiro pode até adormecer, mas jamais morre.
Hoje, Gilberto e Carmem celebram quase 10 anos de união — e um amor que venceu o tempo, o silêncio e a distância. Uma história que não poderia ter outro final senão o feliz. “Neste Dia dos Namorados, em vez de buquês ou bombons, talvez o melhor presente seja acreditar que o amor verdadeiro pode esperar 32 anos para recomeçar. E ainda assim, florescer”, finaliza.
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